sábado, novembro 15, 2008

O prometido é devido

O prometido é devido!
Mesmo que seja por um sussurro,
Um zumbido,
Ou até um olhar...
O caminho que escolhes para o cumprir,
Dir-te-á quem és e de que és feito.
Se faltares ao prometido,
Não te cumpres e infindo será na tua memória.
Diz-me,
Será assim tão difícil?
Talvez seja...
Talvez dependa da verdade que vive em nós.
Hoje não julgo e por agora vou desfrutando da minha.


segunda-feira, julho 14, 2008

How do you keep love alive?

"What does it mean?
What does it mean?
What does it mean to be so sad?
When someone you love
Someone you love is supposed to make you happy
What do you do
How do you keep love alive?
When it won't
How do you keep love alive?
When it won't
How do you keep love alive?
When it won't"

How you keep love alive? - Ryan Adams

Vivam!

Após ouvir esta música pela boca de um português,
que na minha opinião a interpreta melhor que o original,
deparo-me com uma pergunta das que se dizem "million dollar
question". How do you keep love alive?

Há mil e uma fórmulas para o sucesso de uma relação, para o
sucesso da maior construção humana, o amor. Talvez nenhuma
seja 100% eficaz, mas talvez um pouco de cada ajude a formar
a verdadeira receita do amor.

De facto, a pergunta é fantástica e puramente introspectiva.
Um despertador sentimental que nos faz reflectir sobre
essência dos sentimentos.

Reflecte também e diz de tua verdade, como é que mantens o
amor vivo?


quarta-feira, julho 09, 2008

Arte

Expressões eternas e traços inagualáveis.
Meros versos ou pinceladas.
Desenhada em tabernas e esculpida em passagens.
É quebrada a pedra em toque rude,
No rebate de um som quase perfeito.
Perfume de essência que exalada de ti,
Humanidade pulsante deste século já feito.
Assim vai marcando as eras com beleza eterna.
Espalhando a essência das coisas, a minha, a tua...
Não é mais que um reflexo de toda a inteligência!
Marco histórico ou puro enfeite...
És expressão do meu interior amotinado.
Lembrada pela singularidade.
Cantada em toda a parte.
Vivida em cada vida...
Em frescos ou em papel.
Retrato em fina película...
Aqui te deixo como herança perpétua,
Como um sonho que te entrego.
De um Homem que te ama,
Constrói e te dá vida!

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Sorriso

Desenham-se sonhos, esperanças e projectos.
Recordam-se momentos por vezes incertos.
As voltas que a vida dá!
Parecemos a terra onde assentamos os pés...
Girando, rodopiando em torno de nós.
Volvendo os dias em constante correria.
Saboreio as cores com um brilho nos olhos
E volto a mim, ao encontro de nós.
Recupero os sentidos em cada lufada,
Onde junto saudades dos dias maiores.
Já não consigo disfarçar o suspiro aberto,
Nem o sorriso malandro quando surges em mim.
Mulher, senhora dos meus romances.
Menina mulher, meu anjo querubim.

sexta-feira, novembro 02, 2007

Chuva de folhas

O sol já descia do seu pico,
Quando ouvi o estalar das folhas.
Pé ante pé caminhei pelo jardim,
Saboriei a luz, entre outras coisas.
Esplanei-me pela calçada portuguesa,
Como se contornasse os desenhos no chão.
Abri olhares ora distantes,
Soltei sorrisos como antes...
E embrenhei-me por entre o povão.
Sentia-se uma neblina com cheiro a castanhas.
E ao nascer da água na boca,
Levei os sentidos para além das entranhas.
Era uma praça cheia de história,
Recheada de tanta memória.
O Cine Águia ainda de pé,
Lembrando frames de outros tempos.
Um castelhano acompanhado de flahes
E o português a fugir do quotidiano.
Passeia-se nesta baixa que me abraça,
Sentindo o poder eterno da linda Sé.
Encontro traços meus calcorreando
Um porto cinzento,
Soberano,
Profano!
Meia volta e regresso.
Abraço-me no recanto sereno.
Fim de tarde na Invicta...
Cidade erudita,
Esculpida no granito eterno.

quinta-feira, outubro 25, 2007

Voos

Voando sobre um manto de vida.
Razando o horizonte claro que me abraça.
Rompendo os raios finos da madrugada,
Esvoaço sobre o mundo que vive em graça.
Aproveitando as correntes de norte,
Espraio-me sobre o vasto areal.
Revivo o cheiro a mar
E esqueço-me de acordar...
Cheio de alma em arpejo,
Peço ao sol que me aqueça
E me ilumine toda a mente.
Preciso de ver mais perto o futuro,
Mas não aquele que já é presente.
Terminada a fantasia,
A cidade retoma o rotineiro chimfrim.
Voltarei cá ao entardecer,
Para contigo beber,
O dia que termina enfim...

quinta-feira, outubro 18, 2007

Desafio

Ao abrigo da noite,
Com a voz já meio adormecida,
Fiz-me à estrada vazia,
Ao longo da grande avenida.
Mais uma estação,
Mais uma voz de rádio.
Bêbados e prostitutas
E meio dúzia de catraios.
Cidade das frias noites,
Com o horizonte tilintante.
Cidade de muitas vidas
E de mundos inquietantes.
Assim vivo neste porto,
Que nem sempre é um abrigo.
É terra de dragões,
Almas gémeas e vampiros.
Deambulo mais uns minutos...
Nem sei bem o que procuro!
Talvez queira apenas ver a vida,
Que vive neste porto seguro.
Dá-me vontade de ver o raiar do dia.
Sentir o cheiro do peixe na lota...
Saborear um café forte,
Neste norte....onde sem sorte,
Procuro a minha hora.
Mas não o farei...
Talvez no Sabbath eu pare e descanse.
Percorra o areal em pé descalço.
E sem o mínimo percalço,
Encontre o que procuro,
Nesta noite, em transe.

terça-feira, outubro 09, 2007

Déjà Vu


Por vezes a vida prega partidas, todas juntas e sortidas, como se fossem um ramo de flores silvestres.
Viajei uns dias...pensei outros tantos e reparei que onde apenas se vê um raio de luz a espreitar por uma fresta, também se pode encontrar uma janela...basta ter coragem para a ver e abrir.
Cegos são os que não querem ver, seja lá qual for a razão...

Espero encontrar-me em breve na minha secção particular de perdidos e achados. Quem sabe não me reciclo...Afinal, a vida é mesmo assim!

quarta-feira, abril 25, 2007

Quando o homem sonha...

Fazem hoje 33 anos,
Tantos quanto Cristo viveu,
Tantos quanto Portugal cresceu.
Hoje faz anos a liberdade.
Abriram as portas ao mundo,
O mesmo que o povo não conhecia.
Derrubaram-se as barreiras,
Cadeias,
Tortura,
Vidas de tanta amargura...
Hoje faz anos que se fez liberdade.
A mesma que tantos guardam com saudade.
Aquela pela qual tantos pereceram,
Lutaram com afinco e nada tiveram.
Honremos a vossa vontade,
Homens que fizeste o sonho verdade
E deste a Portugal o poder,
O poder para vos dizer "Viva a Liberdade!".

sexta-feira, março 30, 2007

Redoma de vidro

Abram alas que quero passar!
Cheguei disposto a tudo mudar.
Quero mudar tudo...
Tudo o que me rodeia,
O que me chateia.
Quero mudar-me a mim
E à sombra que me encandeia...
Quero fazer novas formas,
Novos tons de verde e azul.
Quero pintar a face do sol
E as estrelas da Cassiopeia.
Rabiscar os montes,
Esculpir novas montanhas,
Mudar o som dos grilos
E compor, compor com o vento.
Espera!
Que faço eu?
Porque quero mudar o mundo?
Basta mudar o meu, o outro já é perfeito!
Tenho de partir este escudo,
Abrir as portas e deixar entrar.
Deixar-me invadir pelo som
Que ecoa bem dentro da minha alma.
Largar refúgios e subterfúgios.
Larga tudo e levar-me apenas a mim.
Encontrar o meu mundo...
O nosso mundo...
O mundo que todos somos
E todos formamos um.

domingo, março 11, 2007

Se Deus soubesse...

Levantei-me com outra noite por dormir.
Mergulhei num banho rápido,
Enchi-me de perfume e frescura,
Tudo rápido, porque quero sair dali.
Cumprimentei o sol,
E saudando-me com calor,
Caminhei um pouco para sentir...
A vida no seu pleno vulgor.
Sinto-me estranho!
Tenho-me perguntado se Deus sabe de mim.
Vejo os sonhos que tive e o que sou,
As memórias do que me fez feliz.
Revejo dois momentos de tristeza
E concluo que não tenho o que quis.
Sabes mesmo que existo?
O que vês quando olhas para mim?
Não ando roto, nem tenho fome,
Mas falta-me tudo o que tenho dentro de mim.
Que raio é isto?
Que é que me aconteceu?
Que parte de mim ficou lá atrás?
Incompleto...
Consigo saber pelo menos isso.
Preciso é de um vício,
Algo que me mate aos poucos.
Acho que é essa a sua verdadeira função.
Ajuda-nos a esquecer que somos loucos.

sexta-feira, março 09, 2007

Zero

Zero!
Redondo...
Quase perfeito...
Quase cheio...de nada.
Sinto-me um zero!
Não sei bem se há esquerda,
Ou à direita...
Mas afinal, quem sabe?
Qual é o problema de ser um zero?
Vergonha?!Inferioridade?!
Não percebo...
Não seremos todos um zero?
Eu acho que sim...
Sou realmente um zero
E não me importo de o ser.
Sei qual o meu valor,
E o zero, é apenas uma parte do meu ser.
Sou feito de muitos zeros!
Reunidos, fazem um.
Para o mundo um zero és,
Para mim, não és mais um.

quinta-feira, março 08, 2007

Findou

Hoje quis escrever,
Nem que fosse só para esquecer.
Esquecer o dia que já findou.
Esquecer o amanhã que cedo começou.
Não sei muito bem o que dizer,
O que pensar,
Ou o que fazer.
Nada sei neste reino de incertezas...
Não reconheço a minha alma,
Por muito parvo que pareça.
Nem os meus olhos me dizem nada...
Nada mesmo, que tristeza!
"Pedimos mais um jarro de vinho?"
Venha ele para animar.
Ganho sorrisos e gargalhadas,
Sonhos novos para novas jornadas.
Ganho vida e calor nas veias.
Vivo uma vida presa em teias.
Agarro dois bocejos entre o cansaço,
Nego ao corpo mais um abraço,
E encosto-me no sofá.
Vivendo a noite que se faz saudade...
Julgando ter a liberdade
De a tornar eterna.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Meandros da mente

Mais uma viagem...
Um regresso ou uma partida.
Uma forte razão de vida
Que me leva para outra paragem.
Música ambiente...
Carro vazio de vontades.
Onde apenas transporto os sonhos
Que fazem a minha verdade.
Não sei se parei de lutar,
Se caí na serenidade da noite
E me deixei levar pelas luas.
Engano-me, eu sei!
No fundo, luto todos os dias.
Talvez tenha perdido o brio...
Talvez tenha tirado férias de mim...
Certo estou, que desistir não vou,
E que hei-de voltar a ter vida.
Quantas marés ou quantos luares?!
Não sei quantos vão passar...
Sei que vou viver,
Para de Deus poder receber
A minha Terra Prometida.

domingo, dezembro 10, 2006

Ciclos

Frio que me fazes sentir vivo,
Apaga esta mágoa que trago em mim.
Gela tudo o que hoje revivo.
Congela as memórias de onde vim.
Não tenhas pena de um dia nesta via
Não me lembrar quem sou.
Nem sequer te importes se me chegar a perder...
Leva-me para longe desta magia,
Deixa-me começar de novo o que o tempo levou.
E se ao romper da manha ainda cá estiver.
Por favor, não me deixes acordar.
Ao menos sonho o que um homem quer
E vivo na mente onde queria estar.
Sei bem que tudo se complica,
Principalmente quando me deixo ir.
Mas como toda a água que do rio vai ao mar,
Um dia volto como chuva,
Ao leito do rio que me fez sonhar.
Dizei-me "até logo"!
Podeis mesmo dizer "até amanhã"...
Não vou a Deus,
Vou e volto num salto de rã.
Antes do gelo derreter e do sol rebentar,
Cá estarei outra vez, para vos fazer sonhar.


segunda-feira, dezembro 04, 2006

Em cada gota

Em cada gota que cai lá fora,
Cai outra em mim vinda de outrora.
E por cada vento que rebenta na janela,
Sopram mil ventos na barriga da minha vela.
Apago a luz para tentar dormir,
Mas há outro dia que não quer partir.
O barco já lá vai no mar alto...
Robusto, aguentando cada sobressalto.
Assim me sinto e sei que não minto.
Porque neste barco já sou inquilino.
Deixei as regras e vivo no poente,
Onde nasce lá longe a lua em crescente.
Noite, frio, vento e mar.
Sou mais um português a querer escapulir.
Não tento conquistar, nem sequer descobrir.
Quero apenas ver o mundo que há em mim
E saber na verdade, tu o que ele é.
Porque morrer sem saber quem vive em mim,
É viver sem razão, sem se saber quem se é.


É verdade, o chato ainda vive...

sexta-feira, agosto 25, 2006

Regresso

Hoje voltei!
Não me perdi...
O que sou sempre serei.
O que não fui, não quero ser.
O que serei, não o quero parecer.
Voltei para mim outra vez.
De vez enquando preciso de fugir.
Não que tema alguém,
Mas porque sou assim.
Reencontrei-me a conduzir,
Não sei bem o quê.
Não sei se conduzia a minha vida,
Ou o carro onde colocava este "porquê".
Neste fato eu me visto,
Com toda uma nova roupagem.
Neste facto eu persisto,
Entre os dias e noites desta viagem.
Não sei que erros vou cometer,
Ou a quem ofenderei.
Por certo não me ofendo a mim,
Pois respeito o que fui e serei.

segunda-feira, julho 10, 2006

Não sonhes que acabou

Entro no meu carro em tom de prata.
Manhã a dentro esbato-me no nevoeiro.
Contorno o cansaço e ligo o rádio.
Deambulo atrás de um taxista matreiro.
E agora, para onde vou?
Apetece-me tomar um pequeno almoço
Com o salgado cheiro a mar.
Sentir o corpo a viver outra vez.
Saborear uma brisa que me vem saudar.
Simples não é?!
Somos simples, tão simples como o ar,
Como a água, como o azul do céu.
Apenas ainda não descobrimos
Que é aí que residimos, envoltos num véu.
Tomo uma aspirina condimentada de sol.
Bebo um café com aroma a canela.
Levo o seu gosto doce na língua.
Viajo na rotina, numa serpente amarela.
Mais um apiadeiro, mais uma paragem.
Muitos sorrisos só de passagem.
Nada com essência, mas muito discreto.
Um mundo ávido de tudo o que é incerto.
Apercebo-me que não estou a sonhar.
É isto a minha vida...
Onde os dias passam como que a galopar.
Onde não quero admitir,
Nem sequer quero comentar,
O que os sonhos me querem dizer.
Nada, mesmo nada posso fazer,
Senão acreditar.
Acreditar!

domingo, julho 02, 2006

O meu luar

Estou à espera de mim,
Neste canto à beira-mar.
Estou à espera de ti,
Debaixo deste suave luar.
E aqui estou, entre paredes
De silêncio bruto.
Orando a algo superior
Para que o amor tenha novo fruto.
O meu coração está em outro lugar,
Já nem sabe que existo.
Trocou-me por um lindo olhar,
Por um beijo nunca visto...
E entre estas ondas de calor,
Que trazem insónia e desejo,
Mato o verbo com cansaço.
Toco guitarra em triste arpejo.
Estou à espera de mim,
Em cada novo amanhecer.
Estou à espera de ti,
Neste dia, neste entardecer.
Deixa-me amar!
Quero voltar a voar.
Abraçar os teus seis sentidos.
Viver num conto de encantar.

terça-feira, junho 27, 2006

Ah Mar

Bate forte fanfarrão,
Um forte batuque dentro de mim.
Quebram-se barreiras e fronteiras.
Abrem-se horizontes sem fim.
Sopro ao vento deste relento.
Quando a cacimba pousa em mim.
Sorriem as estrelas resplandecentes.
Salta uma ou outra como um delfim.
Sem barco, nem marés,
Embarco outra vez nesta aventura.
Sem carta rumo ao pôr-do-sol,
Cor de mel, de tanta doçura.
Percorro a costa da tua pele.
Resisto a cada tentação.
Sereias cantam em tom de fel.
Sofro, sorrio e entrego-me em mão.
Como um comandante fiel
Ao seu rei, o seu nobre coração,
Rebento as ondas destemido.
Ignoro o gemido e o trovão.
Encontro a terra prometida,
Em praias cor de açafrão.
Procuro refúgio no teu colo,
Num longo beijo de comunhão.
Assim rezo a história de outras mil,
Cantadas neste verso grotesco.
Rimas simples de canto viril.
Sentimento puro, livre e fresco.
Amor, chamam-lhe asim.
Gesto puro e animalesco.
Suave e enternecedor por si só.
Encantador, lindo e livresco.

terça-feira, junho 20, 2006

Insónia

Longo dia que cai,
Entrelaçado com o nascer de outro.
Que faço ainda acordado?
Acordei com um pensamento louco...
Os gatos remexem no lixo lá fora
E o chá já ferve na chaleira.
Vou remexendo os meus pensamentos
Por entre um trago ou dois de cidreira.
Não vejo os dedos que deambulam,
Sobre as teclas deste diário de bordo.
Não aguento este calor que sufoca
A alma, o ego e o humano.
Gostava de ver já o azul e a nuvem branca
Que me acalmam com o sol a brilhar.
Fechar os olhos e sentir entre tempos,
Cada raio de luz, cada pulsar.
Viajo nos céus com o meu balão,
Cheio de sentimento, cheio de ar.
Cruzo os horizontes à bolina.
Busco o paraíso, aquele olhar.
Um oásis com o teu brilho,
Com mil cheiros de delirar.
Com as linhas do teu perfil.
És o mapa que estou a cruzar.
Procuro a marca assinalada em xis.
Onde está o tesouro tão desejado...
Encontro uma flor-de-lis,
Num leito verde onde sou amado.
Bocejos, desejos, segredos...
Desvaneço num cansaço vil.
Reencontro a almofada branca.
Deixo-te aqui os sonhos e beijos mil.

terça-feira, junho 06, 2006

Dia meu, tão meu, como eu

Este é um dia meu, tão meu como eu!
É pelo menos o único dia do ano em que sou realmente especial.
Deus assim me quis, eu assim me transformei e, por graça ou destino, sou o que sou...
Este dia é como os dias da entrega dos globos de ouro ou dos prémios Nobel, em que temos sempre de nos lembrar de quem nos ajudou a chegar aqui.

Agradeço à minha familia por me fazerem pensar que sou especial...
Aos amigos, porque ajudaram a construir o meu sorriso...
Às pessoas especiais, porque são especiais...pelo menos para mim...
Aos inimigos, se é que os tenho, porque fazem de mim uma pessoa mais forte.

Que eu não me apague tão cedo e que a minha chama continue a aquecer e a iluminar muita "gente".

Abraço a todos!

sexta-feira, junho 02, 2006

Dom Quixote

Rufem os tambores de alarme,
Pois o homem deixou de amar.
Acordem os guerreiros do certame,
Esta luta é infame
E há que começar a lutar.
Não desisto pois sou guerreiro
Por dentro e fora do meu coração.
Sou guerrilha, sou cavaleiro,
Que ataca bem certeiro,
A quem diz não à paixão.
Como posso viver assim?
Serei mais um eremita?!
Acredito e sei-o dentro de mim,
Que a vida não é um jardim,
Mas a minha alma ainda acredita.
Devolvam os sentimentos roubados,
Até mesmo os que merecem.
Mereceis castigos dobrados
Pelos amores que foram quebrados
E os corações esmorecem.
Revolta é o que sinto no peito,
Por o amor enobrecer.
Trago o corpo cheio de alento,
Para a luta dos moinhos de vento,
Que me fará enlouquecer.
Posso bem ser um louco,
Que vive uma grande quimera.
Serei um louco, muito ou pouco,
Que a todos faz ouvido mouco,
Voando alto com longas asas de cera.
Acredita!
Porque não?!
Esta vida é uma desdita....
Salta, ri e espevita!
Tens a vida na tua mão.

quinta-feira, junho 01, 2006

Rosa

Digo o que sinto e não minto.
Quero o colo de uma mulher.
Desejo um abraço teu...
Desejo um beijo de quem me quer.
Toco as trombetas mudas,
As mesmas que ninguém quer ouvir.
Grito sentimentos ao relento,
Mas ninguém ouve este lamento,
O lamento que tento suprimir.
Ecoam as batidas do meu peito,
Em ritmo de escabroso trovão.
Sinto um aperto na alma,
Por não sentir o teu coração.
Negoceio sorrisos com um anjo,
Que me promete fazer feliz.
Não sei bem se serei santo,
Ou um diabo por tudo o que fiz.
Sou ditador dos meus pensamentos,
Onde isolo tudo o que perdi.
Reencontro quando em vez o passado,
Aquele mesmo pelo qual sofri.
Ainda sofro de vez em quando.
Ainda me lembro de te ver rir.
Dos teus olhos, daquele encanto
Lindo e branco de doce florir.
Cheiro de rosa de inverno,
Rainha das flores dentro de mim.
Renasces hoje em rude pranto,
Nesta saudade com toques de cetim.
Nunca partes...
Nunca chegas...
Reconheço que moras aqui.
Apenas preciso de descobrir
O meu mundo que é uma parte de ti.

quinta-feira, maio 25, 2006

Orgulho

Arrisco-me a viver assim,
Sem sonhos e com dó de mim.
Seguir como grau de pólen ao vento,
Como um raio de luar, só e ao relento.
Arrisco-me a chorar ao acordar,
Olhando a janela com o sol a despontar.
Arrisco-me a tudo isto...
Mas será mesmo preciso?
Preciso de arriscar,
De pôr o meu orgulho em jogo
E dizer-te o que é amar.
Obrigo-me a tudo isto,
Porque tenho a alma cheia.
Porque não sei se quando fores embora
Saberás que gosto de ti como outrora.
Preciso de te provar a côr do meu amor
E de dizer "amo-te" com todo o meu calor.
Tenho mesmo de te dizer,
Porque posso perecer sem o amor merecer.
Preciso de ti amor,
Preciso de ti...
Agora...
Aqui.

quinta-feira, maio 18, 2006

Gota de orvalho

Sou uma gota de orvalho,
Fresca e viva pela manhã.
Mais um dia de trabalho,
Outra vez em Campanhã.
Sou uma gota de suor,
Fruto do rubro trabalhador.
Mais um dia de labor,
Outra vez o revisor.
E nestes recantos que atravesso,
Lembro-me infímas vezes de ti.
Que farás neste momento?
Imagino-te mesmo aqui.
Não uso capa nem cartola,
Apenas uma camisa subtil.
Acabou-se a vida de escola.
Chegou um dia igual a outros mil.
Será assim até morrer,
Ou pelo menos até lá perto.
Vida de formiga é uma sina,
Que todos temos neste deserto.
Cabe-nos a nós semear
E talvez um dia colher.
Sonhar que seremos compensados,
Pelo empenho sem esmorecer.
Começa assim nova paixão,
Que dia a dia se vê crescer.
O amor onde fica?
Nos tempos livres e de lazer...
Sou uma gota de orvalho,
Que sonha brilhar a cada manhã,
Como o teu lindo sorriso,
Nesta estação, em Campanhã.

segunda-feira, maio 15, 2006

Mesmo que queiras assim

Se o vento não te traz,
Que te traga o rio feito de ouro.
Se mesmo assim não te dás,
Nada tenho sem ti, oh tesouro.
As raízes ainda são ténues
E o sol envaidece as folhas.
Não temas o meu sorriso,
Vale mil palavras, mil escolhas.
Se o meu gesto for brusco,
É apenas um reflexo do coração.
Onde fervilha um sangue puro,
Cheio de alma e emoção.
Não sou nobre de raízes,
Nem mesmo de brasão.
Sou nobre nos sentimentos
E na forma de expressão.
Assinas este meu poema?
Encantada?!Não sei não.
Gostava que assim fosse,
Os dois juntos pela mão.
No mesmo rio que agora subo,
Paira um sonho e ilusão.
Cantam vozes em pranto mudo.
Remo em busca da razão.

segunda-feira, maio 08, 2006

Ciclo

Sacode a minha vida,
Deixa-me sem saída,
Diz-me que os meus sonhos são teus,
E que o teu sonho sou eu.
Vem com o vento,
Tira-me o ritmo e o tempo.
Corta os fios que me agarram,
Ao que restou e cá deixaram.
Semeia em terreno morto,
E anseia em cada dia,
Que da cinza nasça torto,
O sorriso com que eu sorria.
Mudei o olhar e a expressão,
Para o dia em que voltar,
A viver em comunhão,
No teu peito que é meu lar.

segunda-feira, maio 01, 2006

Primavera

Conto um conto sobre mim,
Num canto de encanto perto do ceú.
Rodeado do doce cheiro de alecrim.
Envolto em orvalho como um fresco véu.
Rio que sorris aos meus dizeres.
Verdes folhas que rebentam.
Abram-se flores da timidez.
Entre mantos frescos que me deleitam.
Despertou a vida no mundo.
Chegou uma nova Primavera.
Onde há vida em cada segundo.
Brota alegria por toda a Terra.

quarta-feira, março 29, 2006

Beija-flor

Sempre fui um colibri,
Sem ninho e sem abrigo.
Sou assim desde que te vi,
Sentido, eu canto e instigo.
Percorrendo os verdes ramos,
Sem saber a sua solidez.
Pairo sobre ti, dia e noite.
Canto para ti de quando em vez.
Numa era sem trovadores,
Quem se atreve a cantar?!
O apaixonado com calores,
Numa Primavera a despertar.
Assim se faz belo o mundo,
Com os beijos e cantares,
Do romântico destemido,
Embriagado entre os luares.

sexta-feira, março 24, 2006

Porta aberta

Deixei a porta aberta,
Para que possas entrar.
Pela fresta o dia desperta,
Enquanto a lua se vai deitar.
O sol ruge lá do alto,
Estendendo os raios até nós.
O meu coração fugiu a salto
E sobre os raios estou tão só.
Não me prendo à Primavera,
Pois sei que o Outono chegará.
Nao me prendo a essa fera,
A saudade que mora cá.
Aberta continua a porta,
A mesma por onde a sombra entrou.
Levou o sorriso e o brilho,
Do triste olhar que aqui ficou.
E é a ouvir um canto voador,
Que planto a esperança.
É alma viva dentro de mim,
Que ora salta, ora dança.

domingo, janeiro 29, 2006

Despertares

Forte frio luar que me banha,
Abraça também o meu irmão.
Leva-me até à bela manhã,
Que me aperta o coração.
Fina fresta de luz,
Que o bom dia me trazes.
O doce cheiro me seduz,
Do café que me fazes.
E por entre estes sentidos,
Recordo um aperto no peito.
Imagino os teus olhos despidos,
E um beijo quente a preceito.
"Levanta-te homem, está na hora."
Chegou a realidade...
Os sonhos saiem porta fora,
E assim vivo a minha saudade.

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Sou assim

Sou um sim a mais que um não.
Sou a palavra que se segue ao perdão.
Sou a voz que ecoa ao vento
E o abraço forte ao relento.
Sou um sonho por realizar.
Sou o livro por acabar.
Sou o barco das mil viagens,
De todos os continentes e paisagens.
Sou o cetim que te acaricia.
Sou a luz de noite e de dia.
Sou tudo isto para mim,
Se não o fosse, o que seria de mim.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Pessoa como ninguém

"Porque quem ama nunca sabe o que ama.

Nem sabe porque ama, nem sabe o que é amar..."

(Fernando Pessoa)

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Por estas palavras...

Por estas palavras eu te canto,
Pelas mesmas razões me encanto.
Por estes olhos onde vejo o amor,
Vejo laços fortes, aconchego e calor.
Este frio...
Este ar frio é um calmante,
Onde arrefeço um sentimento flamejante.
Torno-me cavaleiro andante,
Sempre só e errante.
Esgano dois suspiros,
Atrofio alguns sentidos.
Lembro-me do som do mar,
Do primeiro raio a brilhar.
Por estas palavras eu te canto,
Que um dia chorei em pranto.
E se um dia esmorecer,
Estou certo que irei viver.
Sem asas no pensamento.
Vivendo sozinho cada momento.
Sem a glória,
Nem a história,
Do que um dia chamei "o nosso tempo".

segunda-feira, novembro 28, 2005

Usa-me

Venda-me os sentidos.
Prende-me os membros.
Solta o teu cheiro sobre mim.
Obriga-me a dizer que sim.
Recicla o meu carinho.
Cruza-te no meu caminho.
Liga-me durante a noite.
Diz-me que fui aceite.
Que me abriste a tua cama.
Que ateio a tua chama.
E se o teu peito bater demais,
Agarras-me e pedes mais.
Ama-me...
Usa-me...
E no fim, se sorrires ao acordar,
Ao teu lado vou estar.
Com um ar apaixonado,
E um olhar molhado.
Recusando-me a viver sem ti,
Sem voltar a ver o que vi.
Sem sentir a tua mão,
Apertando o meu coração.

segunda-feira, outubro 24, 2005

Os homens também amam

Passaram milhares de anos,
Mas sempre agimos assim.
Somos lobos solitários famintos,
Do mesmo amor que prendes em mim.
Somos homens apaixonados,
Que só vivem para amar.
É no amor que te encontro.
Onde vivo para me dar.
Magno e Cleopátra.
D.Quixote e Dulcineia.
Do amor à loucura...
Cada amor é uma epopeia.
Por elas tudo fazemos.
Para que admirem o nosso amor.
Cruzamos mares e continentes.
Mas,será que nos dão o devido valor?

terça-feira, outubro 18, 2005

Gota a gota

Bate-me no rosto.
Liberta-me o espirito.
Por dentro, em fogo posto.
Por fora, liberto um grito.
Sinto-a por entre os dedos
E em cada fio de cabelo.
Refresca-me os sentidos.
Revigora o meu apelo.
Sorrio para o céu.
Troco palavras com Deus.
As gotas formam um véu.
Recordo momentos só meus.
Sinto o brilho do rei sol,
Que de leve quer despertar.
Na boca saboreio o doce mentol.
Nos pés sinto a pele a enrugar.
Mais uma manhã que me saúda.
Um dia novo para viver.
O meu olhar nunca muda.
O meu coração não quer perecer.
E assim acredito em ti,
Que tudo me dás e tudo me tiras.
Natureza linda que em ti vi.
Momento mágico das nossas vidas.

quinta-feira, outubro 13, 2005

Eu já nem sei...

Eu já nem sei.
Se ainda me guardas no peito.
Se me abraças a preceito,
Ou se nem queres saber.
Eu já nem sei.
Se a semana tem sete dias.
Se dizes o que dizias,
Ou se nem queres saber.
Eu já nem sei.
Para que lado se põe o sol.
Se ainda és o meu farol.
Ou se nem eu quero saber.
Eu ainda sei.
Que amanhã quero-te ver.
Que o teu beijo me faz viver.
E que no teu mundo quero estar.
Eu ainda sei.
A razão do meu amar.
O sonho que te quero dar
E amanhecer no teu olhar.

segunda-feira, outubro 10, 2005

Poema de bolso...

Abraço-me à noite e ao cansaço.
Agarro-me aos meus ombros e ao teu abraço.
Fito o olhar no teu sorriso.
Falo baixinho se for preciso.
Desejo que o amanhã seja melhor,
E que no vento venha o teu odor.
Num ternurento beijo digo "boa noite flor",
E digo as palavras feitas de amor.

quinta-feira, setembro 29, 2005

Fly me to the moon

Fly me to the moon
And let me play among the stars
Let me see what spring is like
On Jupiter and Mars
In other words hold my hand
In other words darling kiss me

Fill my life with song
And let me sing forevermore
You are all I hope for
All I worship and adore
In other words please be true
In other words I love you


...tal como o Sinatra, todos queremos voar até à lua.Tu não queres?!

quinta-feira, setembro 22, 2005

Lá dentro...

Bem dentro de mim,
Recupero as forças que perdi em ti,
Enfrento os demónios que recebi
E combato o tempo com o tempo.
Bem dentro de ti,
Deixei todo o ouro que tive em mim,
Toda a vida do meu sorriso
E até a raíz do meu juízo.
Bem dentro de nós,
Existiu a beleza da mais bela flor,
O toque apaixonante do seu odor
E as pétalas que embrulhavam o amor.

quarta-feira, julho 27, 2005

Voltei

Entrei novamente neste mundo,
Onde a verdade se esconde de nós.
Voltei para ver quem sou
E se sou mais um como vós.
Somos homens vampiros,
Que lentamente roubamos alegria.
Alimentamo-nos dos sonhos
E fugimos da própria vida.
Em que me transformei eu?
Quem me fez assim?
Foi a vida que se perdeu
Ou terei chegado ao fim?
Deito-me com a saudade
E acordo sem vontade.
Passo os dias com o desejo
De me amarem de verdade.
Voltei para a penumbra
Onde o ar me queima.
Onde o coração quer parar
E o mundo nos odeia.
Será que irei sobreviver?
Não o saberei se não viver.
Por cá me vou aguentar
E quem sabe, até vou gostar.


quinta-feira, julho 07, 2005

Tempo

Todos nós precisamos de tempo e eu estou a precisar de tempo, preciso de um tempo de quase tudo...
Prometo voltar em breve!!!
Vão aparecendo...

sexta-feira, julho 01, 2005

Sonho

Guarda o meu sonho,
Prende-o bem junto a ti.
Encosta-o ao teu peito,
Alimenta-o como te pedi.
Não o deixes pelos cantos.
Não o largues por aí.
Guarda bem o meu sonho,
É tudo o que tenho para ti.
Não tenho tesouros,
Nem tenho certezas.
Apenas tenho um sonho,
Que mantém a chama acesa.
Farei tudo, mesmo tudo,
Para que um dia o concretize.
E no fim sorrirei para ti,
Sem cometer qualquer deslize.
Saborearei cada momento,
Ao sentir-te nos meus braços.
Aí vou olhar-te nos olhos,
E dizer “sou feliz por amar-te”.


As palavras não chegam...

Magia sorridente.
Olhos brilhantes.
Boca seca.
Aromas viciantes.
Toque arrepiante.
O abraço...
A batida dentro do peito.
Sangue fervilhante.
Beijo molhado.
Voz de mel.
Lágrima analgésica.
Fogo inquietante.
Ouvido atento.
Porto de abrigo.

domingo, junho 26, 2005

Último voo

Correm no vento as palavras soltas,
Os sons desafinados do murmúrio.
Tocam as harpas mais acima,
Por entre o azul e o vermelho rúbeo.
Chocam as águas no paredão,
Salpicam-me a cara outra vez.
Vejo a andorinha de regresso ao ninho,
Um obra prima que ela fez.
Ao longe, no cruzar do horizonte,
Rompem os traços de escuridão.
Aproximasse a noite fresca,
E com ela a solidão.
Na mata, range o carvalho velho.
Ele sim, é um resistente!
Ali forte aguenta os tempos,
Como um guerreiro valente.
Já passou este dia?
Que desperdicio é a vida...
Foge-nos por entre os dedos,
E deixa-nos em agonia.
Se ao menos a visse sorrir,
Como no retrato ao lado da lareira.
O meu olhar era mais aberto,
E sorria daquela forma matreira.
Embrulhei-me nos cobertores,
Encontrando o calor de outros tempos.
Ouvi o cão uivando à lua,
Lá fora ao relento.
Finda o que ainda existe.
Acabou a minha missão.
Agora vou viver contigo,
Mas parto só neste serão.



...para quem tem a coragem de amar uma pessoa toda a vida.

quinta-feira, junho 23, 2005

Por ti...

Por ti,
Rasgava os mundos,
Corria sobre pedras de fogo,
Sangrava até à morte,
Roubava a lua para te dar,
Enfrentava o sol de peito aberto,
Pintava o ceú com a tua côr,
Busca o infinito.
Por ti,
Tornava-me num pescador de sentidos,
Varria as ruas dos teus sentimentos,
Polia os raios de sol que te tocam,
Escrevia o evangelho que lês,
Gritava, pintava o meu amor.
Por ti,
Largava tudo,
Esperava por um "anda comigo",
Derrubava todas as barreiras,
Transponha as fronteiras do além,
Aprendia a tua linguagem,
Fugia do dia,
Vivia na noite,
E em troca apenas um beijo queria.
Vem comigo amor!
Grava a tua mão no meu peito.
Deita-te em meu leito
E beija-me,
Ama-me para sempre,
Para todo o sempre.
Salto mais uma colina,
Nado mais um oceano,
Subo à mais alta montanha,
Só para te ver viver.
Só para te ver...
Pinta o meu mundo no teu,
Em tons claros e alegres.
Traz-me os teus raios de luz.
Tira-me desta escuridão,
E guia-me dona de mim.

domingo, junho 12, 2005

Ainda me lembro

Ainda me lembro,
Quando dormias sobre o meu peito,
Quando me vias dormir,
Quando adoravas ver-me sorrir.
Ainda me lembro,
Quando a minha mão abraçava o teu corpo,
Quando a minha voz fechava os teus olhos,
Quando o meu sussurro te fazia sonhar.
Ainda me lembro,
Quando os dias eram festins de beijos,
Quando as noites eram cobertas de desejos,
Quando degustava cada segundo.
Ainda me lembro,
Do sentimento que ainda sinto,
Da sexta-feira em que dei o grito,
Da alegria de te amar.
Ainda me lembro de ti!
Ainda vivo em ti?
Ainda acredito que sim...

sexta-feira, junho 03, 2005

Orvalho Bregeiro

Ouço o embalar dos pássaros,
Na madrugada desejada.
Ouço o mundo a despertar,
Ouço os carros na estrada.
Vejo tudo tão nítido,
Vejo até o teu olhar.
Esqueço tudo o que me rodeia,
Lembro apenas o nosso beijar.
Mais um sopro no orvalho,
Mais uma voz na confusão.
Junta o teu ao meu desejo,
Vive o amor em comunhão.
Faz sorrir os teus olhos,
Vem brilhar ao meu lado.
Torna-te o meu único sol.
Traz de volta o meu recado.
Disse-te "Amo-te"
E jurei ser a verdade.
Acreditei nos teus olhos,
Acreditei na eternidade.
Porque sem ti perco o norte,
Apenas contigo quero estar.
Diz-me amor "estou com sorte?",
Ou morri ao acordar?
De uma coisa tenho a certeza,
Esta manhã vou desfrutar.
E enquanto vivo no raio de luz,
Vivo apenas para te amar.

quinta-feira, maio 19, 2005

Cheirei a amor

Disfarço as sombras do fim de tarde.
Recorto olhares embriagados de cansaço.
Desenho poesia nas folhas secas.
Imagino os teus beijos no meu regaço.
Escrevo mais um verso,
Desejo o teu regresso,
Suspiro ao imaginar,
O teu doce beijar.
Resguardo-me na saudade,
Num ventre bem maduro.
Resguardo-me nas palavras,
Com os olhos no futuro.
Volta para mim amor,
Prometo que não te magoo mais.
Volta para os meus braços,
Traz de volta os teus sinais.

terça-feira, maio 17, 2005

Vou voltar

Pois é amigos, eu vou voltar.Vou voltar a escrever para vossa grande tristeza... :)
Esperem pelos próximos posts...

terça-feira, janeiro 04, 2005

Recordar-te...

Recordar-te é
Abraçar um passado que vive nos meus olhos.
É sentir o teu respirar,
O teu toque,
O teu olhar a percorrer o meu corpo.
É acordar de manhã e pensar que estás a meu lado.
É olhar para as estrelas e lembrar daquela "nossa" estrela.
É lembrar as promessas de amor
E chorar quando quando vês a fotografia dela.
É pensar que podes tocar o céu num beijo.
Recordar-te é
Derrubar a barreira do impossivel
E enfrentar o sentimento que agora me faz sofrer.
É não ter medo de pensar que o amanhã pode não ser melhor.
É recordar-te, é amar-te!


quarta-feira, novembro 03, 2004

Ai América...

Por respeito aos milhões de americanos que não votaram no bush eu não escrevo nada...

sábado, outubro 16, 2004

Cavaleiro Andante

Nunca senti tanto esta música como nos dias que correm.
Por um lado sempre gostei da imagem narrativa do cavaleiro andante mas acho que sê-lo não é lá grande coisa.
De qualquer forma cá vai.

Porque sou o cavaleiro andante
Que mora no teu livro de aventuras
Podes vir chorar no meu peito
As mágoas e as desventuras

Sempre que o vento te ralhe
E a chuva de maio te molhe
Sempre que o teu barco encalhe
E a vida passe e não te olhe

Porque sou o cavaleiro andante
Que o teu velho medo inventou
Podes vir chorar no meu peito
Pois sabes sempre onde estou

Sempre que a rádio diga
Que a américa roubou a lua
Ou que um louco te persiga
E te chame nomes na rua

Porque sou o que chega e conta
Mentiras que te fazem feliz
E tu vibras com histórias
De viagens que eu nunca fiz

Podes vir chorar no meu peito
Longe de tudo o que é mau
Que eu vou estar sempre ao teu lado
No meu cavalo de pau


...de Rui Veloso :p

quinta-feira, outubro 14, 2004

Os versos meus, tão seus...

Bati à tua porta
E tu deixaste-me entrar.
Entrei no teu mundo
Que logo quis desfrutar.
Conheci-te um pouco,
E no pouco me revi.
Conheci o suficiente,
Para me perder em ti.
A noite caiu e o teu olhar chamou,
As horas andaram e sino suou.
Está na hora,
Anda-te deitar,
Está na hora de contigo ir sonhar.

segunda-feira, outubro 11, 2004

Quem vive em mim?

Sou sempre fiel, como um lobo solitário que te vê em cada luar de lua cheia e uiva na esperança que tu voltes.
Assim sou eu, como um ícaro que se rejeita a voar porque teme que as asas derretam.
Não sou acomodado, pelo contrário. Sou um aventureiro que tudo enfrentou mas as feridas deixadas ainda não me permitem ser quem sou.


segunda-feira, outubro 04, 2004

Até que ponto és banal?

Passo a vida a dizer o que sinto, sem temer as consequências de me mostrar aos outros, sem ter medo de abrir o que de mais precioso há em nós - os nossos sentimentos.
Já pensei se o devo ou não fazer. Já pensei se não estou errado em mostrar-me dessa forma aos outros, pelo menos a aqueles que amo. Às vezes acho que estou errado e que tenho que me fechar no meu casulo para que não volte a passar pelo mesmo, mas quando ganho novamente coragem reparo que de nada me adianta esconder os meus sentimentos pois eles fazem de mim o homem que sou e sem eles nada valho, nada sou.
Não temendo a banalidade e a vulgaridade arrisco-me todos os dias quando lhe digo "amo-te" e se por algum motivo cair no ridículo é porque quem o acha ridículo não o sente nem o sentiu. Há coisas que não foram feitas para serem escondidas e há pessoas que passam a vida escondidas... Porquê? Para quê?

Às vezes temo que as minhas palavras se tornem banais aos teus olhos.
Que sejam mais umas futeis palavras.
Sente-as como as sinto e verás que são retratos de amor.
Por ti, para ti, em ti,
Vive este amor, sempre teu, sempre meu.

sábado, setembro 25, 2004

Eu sei que vou-te amar

Eu sei que vou-te amar,
Por toda a minha vida eu vou-te amar
Desesperadamente...


Por vezes só damos o verdadeiro valor às pessoas quando já não as temos.
Às vezes só nos apercebemos do quão idiotas e mesquinhos podemos ser quando cometemos os erros.
Já tentaste pensar no que te podes tornar antes de tomar uma decisão?Talvez depois já seja tarde demais...
O amor é o perfume da vida e o perfume que mais gosto apenas o tenho na minha cabeça.Apenas o sinto quando me levanto de manhã e ainda tenho os sentidos entorpecidos.É o teu perfume Linda.Para sempre...

quinta-feira, setembro 23, 2004

Esperança

Diz o povo que "a esperança é a última a morrer" mas eu acho que quem morre não é a esperança, somos nós.
Quem somos nós sem sentimentos ou principios que achamos essenciais para ter uma vida minimamente feliz?Não somos nada...
Já acordaste de manhã e pensaste que vives uma mentira?Já acordaste e ao olhares para a tua vida apercebeste que andas a viver um sonho e que esse sonho é um caminho em que caminhas sozinho?
Eu não quero sonhos que só eu é que luto por eles, nem quero viver mentiras.
Na vida a única coisa que todos deviamos ser uns para os outros é ser honestos e verdadeiros, mas nem isso o ser humano consegue ser.Nem sequer para aquelas pessoas que mais amam.
Mas então, porque raio é que amamos uma pessoa e não conseguimos ser puros e verdadeiros pelo menos com essa pessoa?
Não sei mesmo porque é que as pessoas insistem em ser assim, mas sei que as pessoas que mais sofrem com isto tudo são aquelas que tentam ser o mais puras possiveis e a única coisa que levam em troca é mentira atrás de mentira.
Abram os olhos e vejam o mundo como ele é, se possivel tentem mudá-lo começando por vós e não pelos outros.É em nós que residem estes defeitos da nossa sociedade e enquanto que o tivermos não podemos ajudar nem sequer fazer alguém feliz.
Até o lobo que é um animal traiçoeiro e selvagem, quando se une a uma companheira fá-lo para toda a vida, mesmo depois de ela morrer, e fá-lo de uma forma que deveria invejar o ser humano...

segunda-feira, agosto 16, 2004

Esta bela localidade

Cá estamos mais uma vez nesta bela localidade. No entanto, nesta altura do campeonato a cidade nem parece a mesma. Tudo muito calmo para o meu gosto
Já não há onde beber um copo ou mesmo tomar um café. Está tudo de férias!
Eu também estou de férias, mas desta vez em vez de ir curtir um sol na praia ou umas águas frescas do rio, decidi vir para Braga e vir curtir outro alimento que sustenta o meu sonho e afaga a minha alma. Por ele faço tudo pois sei que sem ele não sou nada. Está claro que estou a falar daquele nobre sentimento que todo o homem deve sentir pelo menos uma vez na vida, ou então não soube viver.
O telefone toca........beber um copo?!.......encontramo-nos no shopping.......ok, até já.
Vou enganar o tempo e vou conversar com velhos amigos, pois esses estão sempre presentes.

domingo, agosto 15, 2004

Ao cair das folhas...

Setembro, o mesmo da saudade neste pedaço de terra esquecido pelos deuses.
Chegou a hora das despedidas, a hora de voltar para o emprego, a hora de dizer "até para o ano". Será que isto nunca vai acabar? Será que seremos sempre um povo de emigrantes?
Ai, como eu quero um Portugal forte, batalhador, seguro e acima de tudo justo para com o seu próprio povo.
Ao ver a caixa mágica assisto a muitos depoimentos e frases feitas de quem tem muito orgulho nos nossos irmãos que se aventuram por esse mundo fora, mas tudo isso faz-me pensar se não estará na hora de criarmos um Portugal melhor, se o facto de termos emigrantes não é o reflexo da pobreza de um povo. Claro que é!
Por outro lado também penso no porquê de os portugueses que emigram serem tão reconhecidos lá fora e quando estavam cá eram pessoas acomodadas que assistiam a tudo e nada faziam. Porquê?! Porque é que lutamos mais quando estamos fora da nossa pátria?! Não devia ser ao contrário?!
Por vezes, quando vou a conduzir, olho para os campos e cidades deste país e vejo o quão bonita é esta terra. Um terra de poetas e aventureiros! Uma terra conquistada a pulso e defendida com sangue. Será que os verdadeiros portugueses que tanto queriam este Portugal foram aqueles que já morreram nos campos de batalha? Ainda existiram esses portugueses? Não sei, mas de um coisa tenho a certeza, se não existirem então nada vale a pena, pois um país sem patriotas é como um corpo sem alma.
Não confundam patriotismo com fanatismo. O patriotismo é como o amor, temos de dar sem esperar receber...

quarta-feira, agosto 11, 2004

Dúvidas, quem não as tem?

Quantas gotas caiem em mim num minuto deste dia de chuva?
Quantos brisas se cruzaram com a minha respiração irregular quando abri a janela de manhã?
Quantos olhares cruzados tenho num minuto de passeio pela rua?
Quantos dias me restam de vida?
Quantos amanheceres eu vou disfrutar até sentir que eles são todos iguais?
Talvez eu me consiga responder sol após sol, lua após lua.

terça-feira, agosto 10, 2004

Alpinista

Hoje senti-me um verdadeiro alpinista!
Sinto que passo a vida a subir, a trepar obstáculos.
Hoje apercebi-me que a vida é uma enorme montanha, que embora possa ter alguns pequenos espaços de menor inclinação, no fundo estamos sempre a tentar subir essa montanha, estamos sempre a tentar subir na vida.
Não falo só de dinheiro, da carreira profissional, falo de tudo o que dá valor à nossa vida.Tudo é uma conquista, tudo exige esforço, tudo é uma subida da nossa "montanha".
Como se já não bastasse termos que fazer o esforço de subir ainda temos que temer as quedas, pois elas fazem parte do percurso.Há quem tenha quedas enormes, de tal forma que tenha que começar tudo de novo, mas há também quem passe uma vida a subir e atinja aquele topo lindo que nos permite estender a vista e dizer "valeu a pena".
Pois é, eu também estou a subir a minha montanha e quero um dia dizer "valeu a pena".

segunda-feira, agosto 09, 2004

Quem sou eu?

Sou só mais um... Sou só mais um nas filas de espera, só mais um homem que caminha na rua, só mais um espectador que assiste televisão, só mais uma voz, só mais um amante, só mais uma boca para alimentar, só mais um eleitor, sou só mais um.
Sou só mais um, mas sou especial porque sou único!

quarta-feira, junho 02, 2004

Primeiro post...

Como tudo aquilo que é feito pela primeira vez tem sempre um sabor especial, também este primeiro post tem um sabor especial.
Aqui ao lado tenho a minha primeira afilhada universitária e também ela é muito especial. Chama-se Sandrine, a quem eu chamo carinhosamente "sininho". É pequenina, brilhante, alegre e faz-nos acreditar que é sempre possivel resolver os problemas com a devida dose de atitude positiva.
Encontramo-nos em breve, eu, tu e o teclado...