sexta-feira, março 24, 2006

Porta aberta

Deixei a porta aberta,
Para que possas entrar.
Pela fresta o dia desperta,
Enquanto a lua se vai deitar.
O sol ruge lá do alto,
Estendendo os raios até nós.
O meu coração fugiu a salto
E sobre os raios estou tão só.
Não me prendo à Primavera,
Pois sei que o Outono chegará.
Nao me prendo a essa fera,
A saudade que mora cá.
Aberta continua a porta,
A mesma por onde a sombra entrou.
Levou o sorriso e o brilho,
Do triste olhar que aqui ficou.
E é a ouvir um canto voador,
Que planto a esperança.
É alma viva dentro de mim,
Que ora salta, ora dança.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Achei o poema fenomenal. Tens o dom de transformar sentimentos comuns a muitas pessoas em palavras muito bem escolhidas.
Não sei se relata alguma história tua, mas pareceu-me que há uma porta que já deverias ter fechado. Abre uma nova porta para novas alegrias, novas histórias.
Não deixes de viver a "Primavera" só por receares que um dia acabe. Lembra-te que a vida não tem que ser só "outono", e que, assim como o futuro pode desiludir, também pode trazer algo surpreendente. E já agora, a vida não pode ser sempre um conto de fadas, pq assim não teria piada nenhuma. Afinal são os desafios q nos movem e nos fazem sentir triunfantes.

Descobri este blog há pouco e, sempre que puder, farei o meu comentário.
Beijinhos
MN

segunda-feira, março 27, 2006 7:00:00 da tarde  
Blogger Victor said...

Talvez tenhas razão...
Espero que continues a gostar de ler o blog.
Bem-vinda!

segunda-feira, maio 08, 2006 4:59:00 da manhã  

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