quarta-feira, março 29, 2006

Beija-flor

Sempre fui um colibri,
Sem ninho e sem abrigo.
Sou assim desde que te vi,
Sentido, eu canto e instigo.
Percorrendo os verdes ramos,
Sem saber a sua solidez.
Pairo sobre ti, dia e noite.
Canto para ti de quando em vez.
Numa era sem trovadores,
Quem se atreve a cantar?!
O apaixonado com calores,
Numa Primavera a despertar.
Assim se faz belo o mundo,
Com os beijos e cantares,
Do romântico destemido,
Embriagado entre os luares.