sexta-feira, novembro 02, 2007

Chuva de folhas

O sol já descia do seu pico,
Quando ouvi o estalar das folhas.
Pé ante pé caminhei pelo jardim,
Saboriei a luz, entre outras coisas.
Esplanei-me pela calçada portuguesa,
Como se contornasse os desenhos no chão.
Abri olhares ora distantes,
Soltei sorrisos como antes...
E embrenhei-me por entre o povão.
Sentia-se uma neblina com cheiro a castanhas.
E ao nascer da água na boca,
Levei os sentidos para além das entranhas.
Era uma praça cheia de história,
Recheada de tanta memória.
O Cine Águia ainda de pé,
Lembrando frames de outros tempos.
Um castelhano acompanhado de flahes
E o português a fugir do quotidiano.
Passeia-se nesta baixa que me abraça,
Sentindo o poder eterno da linda Sé.
Encontro traços meus calcorreando
Um porto cinzento,
Soberano,
Profano!
Meia volta e regresso.
Abraço-me no recanto sereno.
Fim de tarde na Invicta...
Cidade erudita,
Esculpida no granito eterno.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Um engenheiro é um engenheiro;
Um senhor é um senhor;
Um homem é um homem;
Um amigo é um amigo;
abraço
JP

sábado, novembro 10, 2007 2:24:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Tenho saudades de te ler...
Parece-me que está na hora de nos contemplar com as tuas palavras mágicas,onde tantas vezes me identifico e me refugio neste teu mundo, só teu!

Um bjinho

Andreia ;)

sexta-feira, janeiro 11, 2008 8:23:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Saudades...

Beijo, Lia.

sexta-feira, fevereiro 22, 2008 1:47:00 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home