segunda-feira, julho 10, 2006

Não sonhes que acabou

Entro no meu carro em tom de prata.
Manhã a dentro esbato-me no nevoeiro.
Contorno o cansaço e ligo o rádio.
Deambulo atrás de um taxista matreiro.
E agora, para onde vou?
Apetece-me tomar um pequeno almoço
Com o salgado cheiro a mar.
Sentir o corpo a viver outra vez.
Saborear uma brisa que me vem saudar.
Simples não é?!
Somos simples, tão simples como o ar,
Como a água, como o azul do céu.
Apenas ainda não descobrimos
Que é aí que residimos, envoltos num véu.
Tomo uma aspirina condimentada de sol.
Bebo um café com aroma a canela.
Levo o seu gosto doce na língua.
Viajo na rotina, numa serpente amarela.
Mais um apiadeiro, mais uma paragem.
Muitos sorrisos só de passagem.
Nada com essência, mas muito discreto.
Um mundo ávido de tudo o que é incerto.
Apercebo-me que não estou a sonhar.
É isto a minha vida...
Onde os dias passam como que a galopar.
Onde não quero admitir,
Nem sequer quero comentar,
O que os sonhos me querem dizer.
Nada, mesmo nada posso fazer,
Senão acreditar.
Acreditar!

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Olá. É pena não podermos fugir à nossa vida de vez em quando. Adorei o post. Beijinhos
MN

terça-feira, julho 11, 2006 5:37:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Porque tens um dom muito particular de nos proporcionar bons momentos de leitura, aproveito este espaço para te dar os meus parabens pelo teu blog.
Continua assim;)
Beijo LDS

terça-feira, julho 11, 2006 11:21:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Acreditar,acreditamos sempre. E com um sorriso tudo se consegue. Acredita na vida e nas pessoas pois elas reservam-nos muitos bons momentos e não os vais querer desperdiçar.

C

quarta-feira, julho 12, 2006 9:05:00 da tarde  
Blogger "A Sogra" said...

Por vezes acreditar é tudo o que nos resta!!!! ;)
beijo

segunda-feira, julho 17, 2006 5:09:00 da tarde  

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