quinta-feira, outubro 18, 2007

Desafio

Ao abrigo da noite,
Com a voz já meio adormecida,
Fiz-me à estrada vazia,
Ao longo da grande avenida.
Mais uma estação,
Mais uma voz de rádio.
Bêbados e prostitutas
E meio dúzia de catraios.
Cidade das frias noites,
Com o horizonte tilintante.
Cidade de muitas vidas
E de mundos inquietantes.
Assim vivo neste porto,
Que nem sempre é um abrigo.
É terra de dragões,
Almas gémeas e vampiros.
Deambulo mais uns minutos...
Nem sei bem o que procuro!
Talvez queira apenas ver a vida,
Que vive neste porto seguro.
Dá-me vontade de ver o raiar do dia.
Sentir o cheiro do peixe na lota...
Saborear um café forte,
Neste norte....onde sem sorte,
Procuro a minha hora.
Mas não o farei...
Talvez no Sabbath eu pare e descanse.
Percorra o areal em pé descalço.
E sem o mínimo percalço,
Encontre o que procuro,
Nesta noite, em transe.