terça-feira, junho 27, 2006

Ah Mar

Bate forte fanfarrão,
Um forte batuque dentro de mim.
Quebram-se barreiras e fronteiras.
Abrem-se horizontes sem fim.
Sopro ao vento deste relento.
Quando a cacimba pousa em mim.
Sorriem as estrelas resplandecentes.
Salta uma ou outra como um delfim.
Sem barco, nem marés,
Embarco outra vez nesta aventura.
Sem carta rumo ao pôr-do-sol,
Cor de mel, de tanta doçura.
Percorro a costa da tua pele.
Resisto a cada tentação.
Sereias cantam em tom de fel.
Sofro, sorrio e entrego-me em mão.
Como um comandante fiel
Ao seu rei, o seu nobre coração,
Rebento as ondas destemido.
Ignoro o gemido e o trovão.
Encontro a terra prometida,
Em praias cor de açafrão.
Procuro refúgio no teu colo,
Num longo beijo de comunhão.
Assim rezo a história de outras mil,
Cantadas neste verso grotesco.
Rimas simples de canto viril.
Sentimento puro, livre e fresco.
Amor, chamam-lhe asim.
Gesto puro e animalesco.
Suave e enternecedor por si só.
Encantador, lindo e livresco.

2 Comments:

Blogger "A Sogra" said...

Olha... nem sei que te diga... mas sabes o que quero dizer!!! ;)

terça-feira, junho 27, 2006 4:13:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Oi. Mais uma vez adorei a maneira como "brincas" com as palavras e nos envolves nelas.
Beijinhos
MN

terça-feira, junho 27, 2006 5:55:00 da tarde  

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